segunda-feira, 21 de maio de 2012

O Mistério da Locomotiva nº 18


Mais um mistério ferroviário brasileiro: onde está a locomotiva nº 18? (Texto por João Marcos Jones, do blog Minas's Trains: http://minasstrains.blogspot.com.br):
Another Brazilian railway mystery: where the locomotive is No. 18? (Text by John Marcos Jones from blog Minas's Trains: http://minasstrains.blogspot.com.br):
VFCO 18, em um momento que não estava em uso no pátio de Ribeirão Vermelho, década de 1960.
Consideradas um dos modelos mais clássicos de locomotiva, as máquinas American são uma espécie de-prima do mundo dos trens. Até para os leigos, as 4-4-0 são um modelo mais padrão de locomotiva: definição de trem, nas palavras deles mesmos. Infelizmente, essa fama e ostentação foram a causa para que muitas desaparecessem em muitas ferrovias, inclusive na E.F Oeste de Minas. Lá, as máquinas essa classe, considerada veloz mas fraquinha, começaram a ser desvalorizadas no período da Viação Férrea do Centro-Oeste, ou VFCO, que resolveu investir no mercado de cargas e transporte de minérios para a localidade do Vale do Itaipu, na fronteira do país. Nisso, o transporte de passageiros ficou em segundo plano, e as máquinas American também. A empresa decidiu pensar em uma maneira de se livrar das locomotivas dessa classe, aceitando toda e qualquer oportunidade de vender ou abandonar os equipamentos (vide a locomotiva Nº19, que se encontrava em perfeitas condições operacionais e foi vendida para um parque em Curitiba).

   Anos antes da Nº19 partir, restavam ativas as locomotivas Nº18, Nº19, Nº21 e Nº22, a maioria trabalhando como manobreiras no pátio ou tracionando trens de passageiros na região. E a VFCO não as achou úteis.
Enquanto isso, em Guarulhos, SP, o humorista e empreendedor José Vasconcelos volta dos Estados Unidos e decide criar um mega-parque temático em um terreno na parte externa da cidade, onde as pessoas da localidade paulista pudessem se divertir, e que o mesmo fosse atração nacional. Dentre os projetos e atrações programadas, estava um trem aberto, onde as pessoas pudessem circular pelo parque e ao mesmo tempo passeassem pelas imediações. Para dar um toque de exótico, Vasconcelos quis uma locomotiva "tipo Maria Fumaça", preferencialmente pequena para tracionar a composição dos visitantes do parque. O empresário mandou seus assessores procurarem locomotivas a vapor por todo o Brasil, que subconsequentemente estivessem na ativa. Restaram três opções: As locomotivas da E.F Perus-Pirapora, as locomotivas remanescentes em Ribeirão Vermelho, MG e máquinas oriundas da bitolinha da EFOM. Dessas alternativas, Vasconcelos descartou a EFPP por ser muito pequena. As máquinas da RMV em Ribeirão Vermelho estavam em decadência. Sobra para a Oeste de Minas. Os dirigentes da VFCO, a princípio, não quiseram fornecer as máquinas, mas depois de um acordo chegaram á três locomotivas: As Nº16, 18 e 19. A Nº16 não passou no teste já que se encontrava em mau estado na fila de morte; e quanto á Nº19, seu maquinista não quis se desfazer dela no início, mas acabou sendo vendida para Vasconcelos também. Então, a Nº18 embarcou no caminhão e foi despachada para São Paulo.
Em Guarulhos, a locomotiva foi colocada para trabalhar em uma pequena malha de trilhos que cruzava as principais áreas do parque, andando em baixa velocidade puxando vagões abertos para que os turistas pudessem se agarrar neles e pegar o trem "de brinquedo" quando o mesmo estivesse em movimento. Mas é do conhecimento de muita gente, principalmente dos paulistanos, que o projeto de José Vasconcelos da "Disney Brasileira" foi um fracasso. Não vingou. Com falta de investimentos, o parque temático foi á falência e seus bens materiais deixados no enorme terreno de 1 milhão de metros quadrados. Ficaram assim desde a década de 1970, a portas fechadas, por quase 20 anos, quando a empresa de gêneros alimentícios PANCO  Inc. decidiu anexar o terreno ás instalações de sua fábrica na cidade. Muitas coisas utilizadas no parque, como carrosséis, playgrounds e outros brinquedos provavelmente ainda se encontram lá, trancados em galpões no terreno. Quando o parque fechou, a locomotiva Nº19 foi comprada pela Prefeitura de Curitiba. Não se sabe se a locomotiva Nº18 está no meio dos produtos abandonados, porque as informações sobre o próprio parque são esparsas e o local não é aberto á visitação da imprensa ou de pesquisadores. O estado da locomotiva Nº18 permanece em mistério.
Considered one of the most classic models of locomotive, the American machines are a kind of material in the world of trains. Even for the laity, the 4-4-0 is a more standard locomotive: definition of the train, in the words themselves. Unfortunately, this fame and ostentation were the cause for many to disappear in many railroads, including the Oeste de Minas Railway. There, the machines that class, considered fast but feeble, began to be devalued during the railroad in the Midwest, or VFCO, who decided to invest in the market for cargo and transport of ore to the location of Valley Itaipu on the border the country. Herein, the transport of passengers remained in the background, and theAmerican machines as well. The company decided to think of a way to get rid of locomotives of this class, accepting every opportunity to sell or abandon the equipment (see the locomotive No. 19, which was in perfect operating condition and was sold to a park in Curitiba).
Years before the No. 19 from, remained active locomotive No. 18, No. 19, No. 21 andNo. 22, most working as manobreiras in the yard or pulling passenger trains in the region. And the VFCO not found useful.
eanwhile, in Guarulhos, SP, comedian and entrepreneur José Vasconcelos aroundthe U.S. and decides to create a mega-theme park in an area on the outside of the city,where people of the city of São Paulo could be entertained, and that it be nationalattraction. Among the planned projects and attractions, the train was open, where people can circulate through the park and wander while the surroundings. To give atouch of exotic, Vasconcelos wanted a locomotive "type Smokey Mary", preferably smallto pull the composition of park visitors. The businessman told his advisers seek steam locomotives throughout Brazil, which subconsequentemente were active. Remainingthree options: Locomotives EF-Pirapora Turkeys, locomotives remaining in RibeirãoVermelho, MG and machinery coming from the bitolinha EFOM. Of these alternatives,Vasconcelos EFPP ruled out for being too small. The RMV machines in RibeirãoVermelho were in decay. Left for the Oeste de Minas. The leaders of VFCO at first declined to provide the machines, but after an agreement reached will be three locomotives: TheNo. 16, 18 and 19. The No. 16 has not passed since it was in poor condition on death row, and as to the number 19, your driver does not want to get rid of it at first, buteventually sold to Vasconcelos also. Then No. 18 boarded the truck and was dispatchedto Sao Paulo.
n Guarulhos, the locomotive was put to work in a small network of trails that crossed the main areas of the park, walking at low speed pulling open wagons so that tourists couldcling to them and take the train "toy" when it was moving. But it is known by many people, especially of São Paulo, the project of José Vasconcelos' Brazilian Disney"was a failure. Did not work. With a lack of investment, the theme park went to the bankruptcy and left their possessions in the huge field of 1 million square meters. They stayed that way since the 1970s, behind closed doors for nearly 20 years, when thecompany foodstuffs PANCO Inc. Ace decided to annex the land of his factory premisesin the city. Many things used in the park, such as carousels, playgrounds and other toysare probably still there, locked in sheds on the ground. When the park closed, the locomotive No. 19 was bought by the city of Curitiba. It is not known if the locomotive isNo. 18 among the products abandoned, because the information about the park itself is sparse and the site will not open the press or by visiting researchers. The state of locomotive No. 18 remains a mystery.

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