Na década de 1890, a Companhia Mogiana já era uma grande ferrovia, partindo de Campinas, atravessando o Nordeste do Estado de São Paulo, passando pelo Triângulo Mineiro e chegando a Araguari, Goiás. Possuia conexões com muitas outras ferrovias importantes, como Companhia Paulista, Sorocabana (em Campinas, através da Ituana), São Paulo - Minas e Rede Sul Mineira (depois Rede Mineira de Viação). A necessidade de escoar a grande produção de café era grande, feita através da Companhia Paulista até Jundiaí, e de lá pela São Paulo Railway até o Porto de Santos. A SPR possuia o monopólio da linha para Santos, porém outras ferrovias planejavam construir sua própria linha, entre elas a Southern São Paulo Railway, que ligava Santos ao Litoral Sul em bitola métrica, autora do projeto da Linha Mairinque - Santos. Vendo esse potencial, a Sorocabana incorporou a SSPR, mas só a partir da década de 1930 a Mairinque - Santos foi concluída.
A Mogiana, por sua vez, planejava construir uma linha a partir das proximidades de Jaguariúna, passando perto de Atibaia, servida pela E.F. Bragantina, uma vez que as leis da época determinavam que cada ferrovia tinha o monopólio de 31 km para ambos os lados de sua linha. Se a Mogiana fizesse uma linha para Santos, em algum ponto ela iria entrar na zona privilegiada da SPR, o que iria causar muitos problemas. Ela até chegou a projetar uma linha para Santos, através de Bertioga, mas acabou desistindo por conta disso. Então, virou seus planos para outra direção: São Sebastião, distante aproximadamente 100 km de Santos. A cidade era muito pequena na época, e não possuia nenhum acesso terrestre, o único era via marítima.
Para a construção da ferrovia, que iria ficar com mais de 200 km, a Companhia Mogiana fez um empréstimo em um banco inglês, e era apoiada pela Central, pois também era vítima da zona privilegiada da SPR, tendo que escoar sua produção por ela, pagando altas taxas. Porém, a SPR, para não ganhar concorrência de outra empresa, adquiriu a E.F. Bragantina em 1903, e fez o prolongamento da linha tronco dela de Bragança até Vargem, bloqueando a passagem da Mogiana com destino a São Sebastião. Não satisfeita, em 1914 inaugura o Ramal de Piracaia, chegando até está cidade, por onde a Mogiana planejava passar. Com isso, a Companhia Mogiana foi obrigada a desistir do projeto, e investiu o dinheiro do empréstimo na construção de ramais "cata-café", que possuiam pouca extensão e serviam basciamente para colher a produção de café. Foram construidos entre a linha tronco e cidades em Minas Gerais na divisa com São Paulo.
Com isso, pois fim também em disputas com a Companhia Paulista, porque ambas invadiram suas zonas privilegiadas. Ficou decidido que suas linhas se uniriam em três pontos: Pontal, Guatapará e Baldeação. Além disso, a Paulista era apoiadora da SPR, pois uma serviam de continuação para outra.
Hoje, volta-se a discutir a construção de uma linha entre as proximidades de Jaguariúna, ou Mogi Mirim, até o porto de São Sebastião, que atende hoje principlamente a navios petroleiros, porém hoje não há mais zonas privilegiadas!
In the 1890s, the Mogiana was already a large railroad, from Campinas, crossing the northeastern state of São Paulo, passing through Minas Triangle and reaching Araguari, Goiás. Had connections with many other major railroads, as Companhia Paulista, Sorocabana (in Campinas, through Ituana), Sao Paulo - Minas and Rede Sul Mineira (later Rede Mineira de Viação). The need to dispose of the large production of coffee was great, made by Companhia Paulista up Jundiai, and from there by São Paulo Railway to the Port of Santos. The SPR possessed the monopoly of the line for Santos, but other railroads planned to build its own line, including the Southern Sao Paulo Railway, linking the South Coast for Santos by metric gauge, author of the project Mairinque - Santos Line. Seeing this potential, the Sorocabana incorporated SSPR, but only from the 1930s to Mairinque - Santos has been completed.The Mogiana, in turn, planned to build a line from the vicinity of Jaguariúna, passing near Atibaia, served by EF Bragantina, since the laws of the time dictated that each railroad had a monopoly of 31 km on both sides of its line. If Mogiana make a line to Santos, at some point she would enter the privileged area of the SPR, which would cause many problems. She even got to design a line for Santos through Bertioga, but gave up because of it. Then he turned his plans for the other direction: São Sebastião, distant about 100 miles from Santos. The city was very small then and did not have any access land, was the only sea.For the construction of the railroad, which would keep more than 200 km, the Mogiana made a loan on a British bank, and was supported by the Central Railroad, as was also the victim of a privileged area of the SPR, having to dispose of its production by it, paying high rates. However, the SPR, not to gain competition from another company, acquired EF Bragantina in 1903, and made the extension of the trunk line it up Vargem to Bragança, blocking the Mogiana bound for São Sebastião. Not satisfied, in 1914 inaugurated the Piracaia Branch, is coming to town, where Mogiana planned to spend. With this, the Company Mogiana was forced to abandon the project, and invested the loan money in the construction of extensions "take-coffee", which possessed a lesser extent and served basciamente to harvest coffee production. Were built between the trunk and cities in Minas Gerais border with São Paulo.With this purpose as well as in disputes with the Companhia Paulista, because they both broke into their privileged areas. It was decided that would unite their lines at three points: Pontal, Guatapará and Baldeação. Furthermore, the Paulista supporter of SPR was therefore served as a continuation to each other.Today, he turns to discuss the construction of a line between the near Jaguariúna or Mogi Mirim, to the port of São Sebastião, which now serves principlamente oil tankers, but today there is no more privileged zones!
Foto aérea da região de Pilões, vendo-se à esquerda a costrução da Mairinque - Santos.
Fotos tiradas do site Centro-Oeste e do Novo Milênio.