terça-feira, 29 de novembro de 2011

Estrada de Ferro Tocantins

Descobri esta ferrovia quando há pouco tempo vi a foto da locomotiva Belém (nº 3), que se encontra em Tucuruí - PA.
É de 1869 a idéia de construir uma Estrada de Ferro que contornasse as corredeiras e baixios do médio Tocantins. Isso tornou-se realidade com a formação da "Companhia de Viação Férrea e Fluvial do Tocantins Araguaia", cessionária do privilégio e mais favores, concedidos pelo decreto do Governo provisório n. 862 de 16 de outubro de 1890, ao General Joaquim Rodrigues de Moraes Jardim.
Somente em 1905 a Companhia conseguiu um empréstimo no exterior para dar cumprimento ao seu contrato de construção, cujos trabalhos foram iniciados nesse mesmo ano. Mais tarde a "Companhia de Estradas de Ferro do Norte do Brasil" para quem passaram as concessões, deu maior impulso a esses serviços.
Em 1908, foram iniciados os trabalhos, tendo em 1916 sido alcançado o quilômetro 82, na metade do trecho Alcobaça-Praia da Rainha, quando por dificuldades financeiras, a Companhia concessionária entrou em liquidação.
Foi então suspenso o serviço de seus tráfegos terrestres e fluvial e começou a odisséia que havia de marcar, tão tristemente, os dias da desditosa ferovia. Primeiramente entregue ao depositório judicial, foi essa estrada de ferro vítima de assaltos de quantos aventureiros acharam proveitoso o saque de seu material em acervo.
Em 1920, pelo Decreto 14.369, foi declarada a caducidade do contrato e a União arrematou a Estrada, durante o governo de Epitácio Pessoa, em hasta pública dois anos mais tarde. Sendo que em 1925 ela foi arrendada ao Estado do Pará. O estado do Pará em angustiante crise financeira, muito pouco pode fazer pelo seu desenvolvimento e deixou-a quase a mercê de exploradores inescrupulosos que a usavam como fazenda de sua propriedade. Assim se arrastou ela, com hiatos de paralisação de tráfego e períodos de alguma tentativa fracassada de restauração até o ano de 1932.
A tentativa mais séria de sua remodelação foi feita em 1927, no governo Dionísio Bentes, quando o arrendatário mandou abrir a rodovia que partiu do km 82 ao porto de Jatobal, visando com isso o estabelecimento do tráfego rodo-ferroviário. Infelizmente esse serviço não foi precedido dos indispensáveis trabalhos de reconstrução da via férrea. Em 1928 com o desmoronamento da ponte de madeira existente no km. 67, sobre o rio Pucuruí, houve o seccionamento da linha nesse ponto, interrompendo o tráfego entre Alcobaça e a ponta dos trilhos.
Esse fracaso provocou desânimo geral para quaisquer outra iniciativa e fez com que, em 1932, o interventor Magalhães Barata solicitasse ao Governo Federal a rescisão do contrato de arrendamento da EF Tocantins pelo Estado do Pará. A administração da ferrovia entregue à então Inspetoria Federal de Estradas, que somente em 1938 atacou com intensidade os serviços, conseguindo no ano seguinte, colocar em tráfego, toda a extensão da ferrovia.
Em 1939, foi iniciado o prolongamento da linha, sendo alcançado Jatobal (km118) em 1944, embora ainda faltassem alguns trabalhos complementares. 
Em 1940, a EF Tocantins contava com 83 quilômetros de linha e com 5 locomotivas, 2 carros de passageiros, 4 vagões fechados para mercadorias, 4 vagões para animais, 4 gôndolas e 6 plataformas. Além disso a ferrovia possuía chassis para a construção de mais 12 veículos.
Pelo Decreto 7.173 (19/12/1944) a administração da Estrada passou para Fundação Brasil Central. Houve um trabalho de manutenção da ferrovia e incorporação de material rodante (locomotivas, vagões, carros) fornecido pelo DNEF, dentre os quais citamos a locomotiva 153 da EFS. 
Em 1967 o Governo Federal decidiu substituir a EF Tocantins por uma estrada de rodagem, sendo que em 1974 os trilhos foram arrancados, sendo extinta a ferrovia.
I discovered this when the railroad recently saw a picture of the locomotive Belém (No. 3), which is in Tucuruí - PA.
1869 It is the idea of ​​building a railroad that would bypass the rapids and shoals of the Middle Tocantins. This became a reality with the formation of "Company of the railroad and river Tocantins Araguaia", the assignee more favors and privileges granted by the decree of the Provisional Government No 862 of 16 October 1890, the General Joaquim Rodrigues de Moraes Garden.Only in 1905 the Company obtained a loan abroad to comply with its construction contract, whose work began that same year. Later the "Company of Railroads of Northern Brazil" for those who have concessions, gave further impetus to these services.In 1908, work commenced, having been in 1916 reached 82 km in the middle of the stretch Alcobaça-Praia da Rainha, when financial difficulties, the utility company went into liquidation.It was then suspended the service of their land and river traffic and began the odyssey that was to mark, so sadly, the days of ferovia unhappy. First delivered to the court depository, the railroad was the victim of burglary of those adventurers found the service useful material in his collection.In 1920, Decree 14,369, was declared the termination of the contract and concluded the Union Road, during the government of Pessoa, at auction two years later. And in 1925 it was leased to the State of Para Para State in distressing financial crisis, can do very little for its development and made it almost at the mercy of unscrupulous operators who used to farm his property. So she crawled, with gaps of stoppage of traffic and in some periods failed attempt restoration until the year 1932.The most serious attempt was made its makeover in 1927, government Bentes Dionysius, when the tenant had left open the highway 82 km from the port of Jatobal, seeking thereby the establishment of road and rail traffic. Unfortunately this service was not preceded by the necessary work of reconstruction of the railroad. In 1928 with the collapse of the existing wooden bridge at km. 67, Pucurui over the river, there was sectioning the line at that point, stopping traffic between Alcobaça and the tip of the rails.This caused general disappointment fracaso for any other initiative and made in 1932, the intervenor Magalhães Barata Federal Government to request the termination of the lease by the State of Tocantins EF Para railway administration then delivered to Federal Inspector of Roads that only in 1938 attacked with intensity services, achieving the following year, put in traffic, the length of the railroad.In 1939, started the extension of the line, which was met Jatobal (km118) in 1944, although there are still some additional work.In 1940, EF Tocantins had 83 km and 5-line locomotives, two passenger cars, four boxcars for goods wagons to 4 animals, 4 gondolas and 6 platforms. In addition the railroad had chassis for the construction of 12 vehicles.Decree 7173 (12.19.1944) the administration of the Road Foundation moved to Central Brazil. There was a work of maintaining the railway and the incorporation of rolling stock (locomotives, wagons, cars) provided by the National Railroad Department, among which we mention the engine 153 of the SAI.In 1967 the Federal Government decided to replace the EF Tocantins by a road, and in 1974 the tracks were torn out, which survived railroad.
Fontes: site EF Tocantins, cidadedetucurui.com e vfco.brazilia.jor.br.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Oficinas da Mogiana em Campinas

As oficinas de Campinas da Companhia Mogiana foi construída provavelmente no início do século XX. Foi a primeira da linha da CM. Possuia uma rotunda de 180° graus, oficina de locomotivas, déposito de carros de passageiros, depósito de lenha para locomotivas a vapor e fábrica de locomotivas, carros e vagões. Com a desativação das linhas da Sorocabana e Mogiana em Campinas nos anos 80 pela FEPASA, foi perdendo importância. Hoje, uma pequena parte é usada como oficina da ALL, enquanto o resto (incluindo a rotunda) está abandonado. 
The Mogiana company's workshops in Campinas was probably built in the early twentieth century. It was the first line of the CM. He owned a roundabout 180 degrees, workshop of locomotives, passenger cars deposit, deposit of wood for steam locomotives and locomotive, cars and wagons plant. With the deactivation of the lines Mogiana and Sorocabana in Campinas in 1980, was losing importance. Today, a small part is used as a workshop of ALL, while the rest (including the roundabout) is abandoned.
Depósito de lenha para locomotivas a vapor.
Oficina e fábrica de locomotivas.
Depósito para carros de passageiros. Essa locomotiva, nº 806, foi construída nas oficinas de Campinas.
Rotunda, no início dos anos 30. Compare com a foto atual:

Desenho que fiz mostrando as oficinas sem os trilhos. Os dois prédios em cima eram da Companhia Paulista, sendo o da esquerda uma oficina e o da direita um armazém.
Todas as fotos tiradas do site www.cmef.com.br e www.google.com.br (rotunda atualmente).

sábado, 12 de novembro de 2011

Horários dos Trens da Linha Santos - Juquiá

Escaneado do meu Guia Mapograf de 1996. Em breve colocarei de outras linhas.
Scanned from my 1996 Mapograf Guide. Soon put other lines.

sábado, 5 de novembro de 2011

Museu Ferroviário Nacional

Oficinas de Rio Claro em 1968.
Olá, desculpem pelo longo tempo sem postagens, estava viajando e onde fui não tinha internet. Quero dar uma sugestão a ABPF - RC: porque não criar um museu nos moldes do National Railway Museum? Bom, as oficinas de Rio Claro tem espaço para até se criar um museu maior do que ele. Imagino locomotivas importantes para a história das ferrovias brasileiras lá, como a Baroneza, primeira locomotiva do Brasil, e a V8 que quebrou o recorde de velocidade ferroviário brasileiro em 1986. Uma parte do museu seria reservado ao ferromodelismo, contando sua história desde  o começo passando por modelos antigos da Atma e Frateschi até os dias de hoje. Da estação de Rio Claro, partiria um trem turístico pelo antigo Ramal de Analândia até São Carlos, utilizando os carros do Trem R e as V8 ou a Alco PA-2 que está abandonada em Jundiaí.
Falando em Jundiaí, as locomotivas que estão abandonadas do lado dentro e de fora do museu, que vão desde a número 1 da CP, de 1870, até as LEW, poderiam também ir para Rio Claro. Outras peças importantes iriam ser uma Hitachi da cremalheira da MRS, pois em breve seram desativadas e fazem parte da única ferrovia de cremalheira de carga do mundo, e um TUE Série 1100 da CPTM, devolvendo-o suas características originais.
No museu também poderia ter restaurantes e lojas, assim como estacionamento. Bom, como a ABPF - Rio Claro está elaborando o projeto do museu, tá aí a minha sugestão. Esperem que gostem!
Baroneza, a primeira locomotiva que circulou no Brasil.
Hello, sorry for the long time without posts, where I was traveling and had no internet. I want to give a suggestion ABPF - RC: why not create a museum modeled on the National Railway Museum? Well, the workshops of Rio Claro has space for up to create a larger museum than he. I imagine locomotives important for the history of Brazilian railroads there, as the Baroness, the first locomotive of Brazil, and the V8 that broke the speed record Brazilian railway in 1986. A part of the museum would be reserved modelling railroad, telling his story from the beginning through the old models of Atma and Frateschi until today. Station Rio Claro, a tourist train leave the old Analândia line to San Carlos using the R train cars and the V8 or the Alco PA-2 which is abandoned in Jundiai.
Speaking in Jundiai, locomotives that are abandoned on the side inside and outside the museum, ranging from a number of CP, 1870, to the LEW could also go to Rio Claro.Other important pieces would be a Hitachi MRS rack as soon will be disabled and onlypart of the cargo rack railway in the world, and a Series 1100 TUE CPTM and return it toits original features.
The museum could also have restaurants and shops as well as parking. Well, as ABPF -Rio Claro is developing the museum project, okay then my suggestion. I hope you enjoy!
Trem R da Companhia Paulista, mais conhecido como Trem Azul.